POEMA DO ADEUS
Não te dou adeus, te dou até logo
Por não saber descrever nem dizer adeus
Não posso predizer o amanhã
Mas o hoje quero doar-te ao destino
Ele é sábio, sabedor do tempo
Transforma, retrata, modifica
Sou direta, talvez indiscreta
Se não sabes entender minha linguagem
Não saberá ler meu coração
Nem meus anseios, nem desejos
Talvez nem desejes sabê-los
Uma pena só sabemos sobre alguém
Quando temos que nos separar dos mesmos
Perder no jogo dos relacionamentos
Ganhei no jogo da sabedoria
Que tive em deixar-te
Saber recuar é a arte da guerra
Nem sempre significa perder
Pois bem, desculpa por tudo! Adeus não!
Mais até logo!
MALU FREITAS
Um comentário:
É fato: O hoje é concreto, o amanhã é incerto.
Então para que serve o adeus? Seria um tanto vago usar esse termo. A vida é um círculo, sempre há retornos. Talvez o retorno seja diferente do esperado, mas ele chega, ele sempre chega. Talvez demore, talvez não, mas ele vem, sempre vem. E quando este vir, quando chegar, aproveite para fazer diferente, para muldar, moldar à melhor forma possível, para que não seja necessário despedir-se novamente, para que não precise esperar outra vez, para que seja lindo, empolgante, único.
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